Sob o Sol da Arena Corinthians

 “ASPAS DO AUTOR: o sacrifício é temporário, mas a recompensa permanente”

Equidade significa não enganar, nem montar armadilhas na troca de sentimentos. A contribuição ética particular da sociedade capitalista talvez insista na máxima “Eu dou a você o mesmo tanto que você oferece a mim”. E, nesta razão e de tal situação seja por força direta, seja por tradição ou por laços de amor e de amizade é que a ética da equidade me trouxe aos acontecimentos atuais.  Sob o Sol da Copa do Mundo!

O respeitável ponto de vista e convicção de que a força da exceção é ávida a produzir felicidade me levou ao maior espetáculo de entretenimento:
Ao Mundial da FIFA 2014.
 


Os meios se converteram nos fins. Wu Jyh Cherng falava de tratarmos o Grande como Pequeno, o MUITO como POUCO. Tratar o grande como pequeno é a pessoa enxergar suas conquistas como pequenas.

Pois bem, tratei o grande como pequeno e, a cada etapa do processo seletivo para a Copa do Mundo em que era aprovada, imaginava que aquilo tudo ainda era um sonho distante e, mantive este compasso.  Porém, a cada e-mail recebido, uma nova gota de esperança ia crescendo. Os cenários e cores iam mudando e meu sonho se concretizando pouco a pouco.

Foi então que, mal podia crer quando, aos envoltos e rotinas os quais minha vida se passava, estava presente de corpo e coração aos pulos, ao primeiro treinamento para entrar na Arena Corinthians e participar dos 06 jogos que estariam por vir.

 
Os locais em que nós candidatos tínhamos que estar, os dias, os horários controversos se mostravam como obstáculos.

Obstáculos olímpicos talvez. Obstáculos a ser transpostos. Vencidos. Mas algo já nos dizia que o sacrifício seria temporário, mas a recompensa permanente.
 
O primeiríssimo dia em que pisei com meu all star na Arena Corinthians, me dei pela primeira vez, conta de que para aprimorarmos nossos níveis de êxito, precisamos efetivamente viver algo verdadeiro.  O verdadeiro é a força motriz para nos alavancarmos.

Estar ali só pode ser descrito se, pelas minhas retinas fosse possível fotografar as sensações e matizes que eu e outros candidatos tivemos a felicidade de viver.

Nada de boatos. Nada de pessimismos. Nada do que escutamos via mídias sociais sobre a Copa do Mundo. Vi ali pela energia dos brasileiros: o sentimento real: De união. De competição esportiva!

 

 

 

Confesso também que, trabalhar por mais de 12 horas ininterruptas e cruzar com mais de 1000 ou 2000 pessoas em um só dia, causou em mim e em outros prestadores de serviço para o Mundial, um misto concomitante de registrar, sentir e apenas viver. Não mais pensar no que estava diante de nós.
 
Ao final do primeiro dia dos próximos 5 jogos que presenciaríamos na Arena, lembrei-me com as pernas já cansadas, do sentimento de pertencimento que senti ao redor dos torcedores da grande festa!

Os jogos seguintes mostravam novidades inúmeras, em especial das distintas nacionalidades e do modo de tratar conosco. O mais curioso é que, muito embora tivemos a chance de praticar os idiomas e viver uma nova cultura por 4 semanas de trabalho internacional, era justamente por meio de colegas exclusivamente monolíngues e menos escolados que vieram as maiores contribuições como reflexo de tudo.

A esfera mais importante do ato de dar não está nas coisas materiais e sim no domínio do especificamente: HUMANO!

O que afinal se obtém de uma Copa do Mundo?

O que afinal obtivemos da estrutura logística do estádio, das bilheterias, das multidões entusiasmadas, do desejo silenciado das partidas de futebol?

Obtive, eu e todos ali, mais de nós. Obtive mais de mim mesma ao exaltar o Outro: o torcedor.

A troca humana proporciona enriquecermos uns aos outros e daí sim, compartilharmos a alegria do que pudemos criar. E esse é o Poder! O poder que produz POTÊNCIA aos demais!

Caro Leitor,

Por se tratar aqui de um assunto amplo, minha única lamentação, foi ter chegado afoita ao centro da torcida, presenciar um maravilhoso gol do Brasil diante da Croácia, escutar e sentir a vibração da torcida e, em seguida ver uma manifestação política diante de visitantes estrangeiros ali, em meio ao Gol do Brasil.

Ainda que sejamos neste momento, Apartidários, senti uma mescla de funcionamento de nossa memória pública, mas também o Não desenvolvimento de nosso intelecto para resolver problemas com discrição. A dificuldade de se governar um povo é devido aos seus conhecimentos.

Se, POVO pode significar a população de um REINO, e CONHECIMENTO, o acúmulo de informações tidas por alguém, eu fico com a virtude de estar ENTRE os DOIS.

Entre os times, entre as partidas, entre os Mundiais e suas facetas diante da FIFA. Se, por um lado não se utilizou o intelecto para controlar uma Arena Desgovernada, por outro lado se usa o intelecto para realizar bons caminhos: os caminhos da Virtude para alegrar um Povo!

 

Para nossa ditosa felicidade, um VIVA a Copa do Mundo! A Grande Fluência!

O que torna os RIOS e MARES os REIS de seus Vales é saber situar-se ABAIXO.

Se o BRASIL esteve ABAIXO, poderá ser futuramente o REI.

Um VIVA! E a alegria de compartilhar.

 

 

 

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